Chego e sinto todas as caras escondidas atrás de máscaras a virarem-se para mim, talvez por estar atrasada ou por causa de estar com um vestido vermelho em corte de sereia que abraça minhas curvas e acentua o que nem eu sabia que tinha.
Sinto-me desconfortável mas produzo forças não sei de onde e ando em direcção ao bar, logicamente, para beber um pouco de confiança líquida.
Quando me sento no banco pego no meu celular e vejo o contacto dele e as últimas mensagens que trocamos. Ele mandou-me o convite para esta festa de máscaras e só quando vi o vestido que ele mandou é que percebi que era um baile de máscaras e não uma festa de Halloween. Nem sabia que festas assim ainda se faziam, era interessante, o mistério, a classe, a sedução.
Agora aqui sentada noto a diferença entre “ser paquerada” e “ser cortejada”, até as rejeições aqui têm classe.
“A festa começou cedo.” Reconheço a voz que vinha de um homem alto, forte, de terno e camisa preta com uma gravata vermelha e uma máscara preta que deixava somente seus olhos castanhos e lábios grossos que estavam a formar um sorriso a mostra.
“Tinha que compensar o meu atraso, toda gente está alguns copos a frente.” Digo eu a retribuir o sorriso e afastar a mecha de cabelo cacheado que estava na minha cara desde sempre mas só agora me incomodou.
Ele aproxima-se de mim e senta-se à minha frente, consigo sentir-me a tremer a sentir o seu aroma. Começo a pensar em todas as maneiras que aquilo podia correr mal, afinal, nós só nos conhecemos a alguns meses e nunca nos tínhamos visto pessoalmente, eu devia ter desconfiado que a primeira vez que ele me quisesse ver fosse num sítio em que não conheço ninguém e onde estejam todos mascarados.
A conversa (e os copos) fluem naturalmente, era como se nos conhecêssemos a muito tempo e ele é exactamente como eu esperava que fosse.
“Queres dançar?” Ele levanta-se e oferece-me a sua mão.
“Eu não sei dançar valsa.” Eu respondo a ficar vermelha de vergonha (ou do álcool?).
“Não precisas saber, precisas confiar em mim e seguir o que eu faço.” Ele diz a piscar um olho.
Seguro sua mão e sigo-o para a pista onde sinto toda gente a olhar para nós e neste momento agradeço pelas poucas aulas de salão de que consigo lembrar.
Ele puxa-me mais para perto e sinto seu perfume forte mas não exagerado e sua barba a roçar me a face. Seus braços firmes a suportar me e nunca me senti tão segura, no meu mundo coberto completamente pelo seu.
“Eu estou pronta.” Eu digo em seu ouvido.
“Tens a certeza?” Ele pergunta a apertar-me contra ele.
Aceno e sorrio enquanto ele guia-me para a saída com o braço atrás de mim e a mão a encostar ligeiramente em minhas costas. Caminhamos juntos para o estacionamento e ele pára em frente a um Mercedes G500 preto com os vidros fumados, abre as portas, liga o motor e o ar condicionado mas não as luzes.
“Tu decides para onde vamos, vai ser a tua última decisão autónoma.” Diz ele a sorrir e pousar a mão na minha coxa.
“Vamos para a minha casa.” Respondo a discar o meu endereço no GPS do carro.
Ele arranca e alguns metros depois do estacionamento eu ponho a minha mão na sua coxa e depois no ziper de suas calças. Sinto-lhe a endurecer e continuo a acariciar com mais e mais pressão.
“Já começaste bem, meu amor. Podes continuar.” Ele diz a soltar um sorriso de lado.
“Claro, meu rei.” Eu respondo a abrir seu cinto, botão e zíper, baixar seus boxers e revelar seu pau a pulsar.
Lambo a minha mão e começo a afagar seu membro com ela, tal como ele disse que gostava nas mensagens. Abro o cinto de segurança e inclino-me na sua direcção, antes de chegar perto do seu pau peço permissão e depois de ele autorizar, beijo sua ponta. Lambo a volta e depois, bem devagar e a chupá-lo, ponho todo seu pau na boca, até o sentir a palpitar entre meus lábios e eventualmente tocar minha garganta. Ele pegou meu cabelo e usou-o para me movimentar, puxava-me para cima e depois para baixo fundo com força até sentir que eu já não aguentava mais, e eu cada vez mais molhada. Senti-o a parar o carro e encostar em uma rua abandonada e escura, levantar-me, tirar o cinto, virar-se para mim e dizer “Mudança de planos, vai para o banco de trás.” Fiquei atordoada por alguns segundos e depois obedeci, no fundo estava aliviada porque também não sentia que fosse aguentar até casa.
Ele veio logo a seguir, tirou a camisa, a gravata, as calças e os boxers e sentou-se.
“Vem.” Diz a fazer-me sinal para que me aproximasse porque eu parecia perdida em pensamentos (e estava) que envolviam seu corpo perfeito em cima de mim.
Eu chego perto dele e com um movimento brusco ele agarra no meu vestido e rasga-o, depois de alguns rasgões eu estou nua. Não tinha usado roupa interior como ele disse e sinto me exposta, com o cabelo despenteado e saliva no queixo de mais cedo. Naquele momento ele tirou a sua máscara e depois a minha e disse: “És perfeita.” Consigo ver que está genuinamente a dizer a verdade, com o mesmo brilho nos olhos que eu fico quando vejo comida e, pela primeira vez, toca-me na cara, aproxima-se de mim e beija-me.
“E és toda minha.” Ele diz a interromper o beijo para sorrir ligeiramente na minha direcção, deitar-se e puxar minhas pernas para cima de sua cara.
Sento me em sua boca e sinto seus lábios a beijarem-me, e depois sua língua a entrar em mim, começo a mexer me para acompanhar e ele para.
“Não te dei permissão para te mexeres.”
Encosto-me contra o vidro e ele continua até que eu me sinto a tremer e aí ele põe um dedo dentro de mim e segura minha coxa para que eu não me mexa com a outra mão. Não aguento mais, sinto-me a explodir enquanto ele apressa o movimento e quando me estou quase a vir ele pára.
“Ainda não, princesa.” Diz ele a carregar-me, deitar-me, abrir minhas pernas e meter seu dedo de volta enquanto com os dedos da outra mão massajeia meu clitoris. “Queres dizer o quanto gostas disto?”
Quando eu ia responder ele mete outro dedo e minhas palavras transformam-se em um gemido rouco que veio das profundezas da minha tesão.
“Eu gosto disto, meu rei.”
“Diz-me o que queres que eu te faça.”
“Quero que me comas.” Digo a contorcer-me e sinto ele a meter seus dedos com mais força e quando me venho, ele mete seu pau e eu sinto-o a atingir todos os pontos perfeitamente enquanto ele morde-me o pescoço e puxa-me o cabelo. Eu agarro suas nádegas como que para ajudá-lo a entrar mais fundo (como se fosse possível) e ele entra com cada vez mais força até que eu molho todo seu pau e seu assento, ele solta um riso abafado e sinto seu orgasmo quente em mim. Ele sai de cima de mim, diz para que eu vista sua camisa e veste seus boxers.
Quando voltamos para a estrada ele diz: “Acho que não podemos aparecer assim na tua rua, vamos para a minha casa. E sinto que lá nos vamos divertir mais.”
Aceno com a cabeça e os pensamentos que me apareceram deixaram-me húmida de novo, ele põe a mão na minha coxa e pelo caminho que ela está a levar penso que o orgasmo que acabei de ter não será o último antes de chegarmos ao nosso destino.