Querida Vida

Quero que saibas que se depender de mim, conhecerás sempre a felicidade
Enquanto te amar assim, serás sempre minha prioridade
Nunca duvidarás do teu valor enquanto eu existir
Nunca conscientemente te causarei dor nem te deixarei ir

Contigo ao meu lado já sou vencedor
Posso até não ter dinheiro mas sou rico de amor
Não te vai faltar carinho e atenção
Tratar-te-ei sempre com respeito e consideração

És uma rainha e mereces ser tratada como tal
Estar contigo é sempre uma experiência transcendental
Te quero quando é lento, doce e romântico
Quando é rápido, molhado e animal
Quero tudo de ti e tudo de mim te pertence
E mesmo que chegues primeiro o amor sempre vence

Por fim te quero prometer:
Vou fazer tudo que de mim depender
Para que nunca do meu amor possas duvidar
Para nunca te arrependas de me amar
Para que nossa história seja digna de eternizar

Serias Sempre Minha Escolha

Se eu pudesse voltar no tempo, faria tudo igual
Reviveria cada momento, tudo que me fez bem e tudo que me fez mal
Aguardaria pacientemente pelo primeiro instante em que te vi
Existiria ansiosamente até ao dia em que te escolhi

Faria tudo de novo, todos erros, todos acertos
Me emocionaria com todos enterros, todos nascimentos
A certeza de caminhar em um trilho que termina em nossa história
A ânsia de replicar o teu toque estampado em minha memória

Se eu vivesse outra vida, tentaria encontrar-te de certeza
Procurar-te-ia em lugares em que sentisse leveza e pureza embrulhadas em safadeza
Perguntaria à toda gente se viu a outra metade de mim
De nada mais na vida tenho tanta convicção assim

Se na outra vida não me amasses, de mim não te lembrasses
Faria de tudo para te conquistar quantas vezes fosse preciso
De tudo para que de novo fosse o motivo do teu sorriso
Sempre que tiver escolha, ela terá teu nome e apelido
E se em algum universo não te escolhi, que este seja distante e desconhecido
Porque não existir é melhor que existir sem ti aqui comigo

Peço Desculpa, Coração

Da última vez eu prometi que seria a última vez
Mas de novo faltou me a sensatez, lucidez
Agora tento, em vão, colar todos os pedaços em que te desfizeste
Um lamento, uma consolação, lembras-me de todos avisos que me deste

Tentei proteger-te mas não consegui
Todos sinais fingi que não vi
Cegada pelo amor que pensei ser para mim
Não é suposto contos de fadas acabarem assim

Entreguei-te em mãos que se descuidaram
Pedaços de ti entre seus dedos escorregaram
Estilhaçado no chão, já te é familiar
Desta vez não sei se te consigo arranjar

Peço desculpas, coração, de ti não sei cuidar
À mesma pessoa teimo te entregar
E no fim, ninguém te sabe amar

Girassóis

Nunca quis flores
Não pedi presentes
Do arco íris não quis todas cores
Tuas palavras e acções incongruentes

Será que sou ingrata?
Sou demasiado abstrata?
A reclamar de ouro só porque me deste prata?
Enquanto dizes me regar de amor minha alma desidrata

Uma maneira peculiar de amar e ser amada
De querer se sentir importante e desejada
De saber ser a única opção considerada
De ter orgulho ao ser mimada

Toques, carinho sem preço
Abraços, beijinhos enquanto adormeço
Atenção e consideração como no começo
Coisas que penso que mereço

Não sei ler os poemas que me escreves
Para ti longos encontros para mim são breves
Sigo te para onde quer que nos leves
Se seguíssemos sozinhos estaríamos mais leves

É solitário e doloroso este lugar
Dói ainda mais por ser tão familiar
Até todos girassóis me podes dar
Tua ausência não vão compensar

Tu foste tudo que eu pedi
Tua atenção a única coisa que exigi
Em meus textos essência de ti
E deste conto de fadas que nunca vivi

Ela

Da minha arte é a inspiração
Para minha vida é a motivação
Com todos problemas é a solução
Para minha cabeça nas nuvens mantém os pés no chão

Ela é tudo que precisava e nem sabia
Tanto amor em mim antes não cabia
Quem diria que uma estória assim viveria
E que uma pessoa seria tudo que eu queria

Essas músicas românticas me fez perceber
Nunca tanto a alguém quis pertencer
Se amor for doença mental, feliz vou enlouquecer
E mulher perfeita assim não conseguirás ver

Ela me faz meu futuro planear
Incluo-a nos planos sem perguntar
Porque “para sempre” com ela quero experimentar
Só eu e ela, até o mundo acabar

Mulher mais linda nunca vi
Nenhuma pessoa tão bem conheci
No preto dos seus olhos me perdi
Conexão assim nunca senti

Onde quer que ela esteja, torna-se meu lar
Por isso mesmo um dia me vou ajoelhar
Sua mão na minha vou segurar
Prometer nunca a largar
E meu último nome perguntar se quer levar

Como Poesia

Mereço um amor como poesia
Que para todas dores é anestesia
Sem forçar, brisa da maresia
Naturalmente me encontrar, tudo que eu queria

Quero um amor que não deixe dúvidas, insegurança
Depois das minhas tempestades, que seja bonança
Que segure em mim e não queira largar
Que de todas opções, escolha me amar

Quero um amor que eu possa amar sem medo
Que não tenha que me perguntar se é muito cedo
Que seja privado, não segredo
Um amor que queira pôr um anel no meu dedo

Um amor que eu possa amar como eu sei, intensamente
Ou oito ou oitenta, ininterruptamente
Um amor com quem não preciso fingir
Que juntos podemos chorar e rir

Mereço um amor como os que eu escrevo
Mas a sonhar assim já nem me atrevo
Porque quando este poema terminar
Não existirá ninguém para assim amar

Quero, Talvez

Queria que não passasses de um texto
De um desejo escondido
De uma paixoneta sem contexto
Que eu me tivesse confundido

Queria não te querer mais e mais
Que essa química não existisse
Tão primitiva como em dois animais
Que meu desejo desistisse

Porém, isso não aconteceu
Mostrei-te a escuridão em mim
Fui meu verdadeiro eu
E não te foste embora mesmo assim

Quero, talvez, não sei
Deixei que acontecesse naturalmente
Mudaram se os personagens e improvisei
Do nada está tudo diferente

Assistimos a vela a arder devagar
Pensávamos que connosco nada fosse acontecer
Agora estamos os dois a queimar
Nesse fumo de nós só um ao outro conseguimos ver

Que Coração?

Dizes que gostas de mim,
Dizes que sou perfeita e tudo isso;
Que não consegues imaginar o fim,
Que é como se fosse um feitiço

Mas no fundo os dois sabemos a verdade
Nua e crua, dolorosa e pura
Devemo-nos no mínimo honestidade
Eu não posso ser tua cura

Não posso te mostrar o que te recusas a ver
Não posso me transformar em quem queres
Outra pessoa não te vou obrigar a ser
Não tenho esses super poderes

Tens muitas feridas que precisam sarar
Tens um coração que esqueceu como amar
Que coração? Provavelmente te perguntas
Uma pessoa sairá magoada, e serei eu pelo resultado das contas

Faíscas, chama, um incêndio inteiro
Essa incessante química entre nós
Envolve nos em gasolina e acende um isqueiro
Pertences me completamente mas só quando estamos a sós

Não Vou Perder

Não há espaço no vazio em mim
O eco do silêncio sinaliza a certeza do fim
O abismo me olha de volta e sorri
Uma piada que só eu não entendi

Do nada de novo escrevo sobre ti
O meu cérebro grita e meu coração só ri
Espera, eu disse coração?
Minha cabeça a repetir “não não não”
Foi tudo em vão?
Todas as horas com estes muros em construção?
Ninguém viu este ponto fraco na fundação?

Merda, mudaste minha poesia
Criaste tempestade na minha calmaria
Desorganizaste minhas estrofes, minha rima perfeita
Minha criatividade já não me respeita

Acabou, desta vez de verdade
Não haverá mais a desculpa da saudade
Não entrarei nesta batalha que só eu posso perder
Não apostarei nesta guerra que é impossível vencer

Perdida

Perdida nas possibilidades
Na berma entre mentira e verdades
A acreditar que o sol nascerá
A chuva para sempre não durará

Digo a mim mesma o que não te digo
Abro mão mas deixar ir não consigo
Minha pior inimiga mora em minha cabeça
Ela repete teu nome para que eu não esqueça

Dizem que quem se apega é o coração
Mas é meu cérebro que te repete como um refrão
E essa música já me está a cansar
A volta de cadeiras sem saber quando vai parar

A culpa não é tua, não é minha, aconteceu
Se não existia nada, o que cresceu?
Perdida entre o “não sei” e o “talvez”
Entre a loucura e a sensatez
Entre o “por agora” e o “de vez”
Entre o que tenho e o que pensei querer Entre o que pensei saber e o que consigo ver
Entre o “adeus” e o “quando nos podemos ver?”