Calma, OMEGA

Teu coração não é frio e as ruas estão quentes
Só te conforta pensar que nada sentes
Teu mundo é vazio porque assim o escolheste
Não temos culpa do amor que um dia viveste

Não quero mais de ti, quero mais para mim
Tens mais, mas escolhes dar pouco assim
Mostras desejo e às vezes pareces te estar a apaixonar
Depois se nota que te lembras do teu medo de te magoar

Não quero um romance, desses contos de fadas
Mas também não quero ser uma de tuas muitas “nadas”
Os meus sentimentos não são o que pensas senão reconheceria
Concordamos desde o início como isto seria

Não és responsável pela minha felicidade
Também amo muito minha liberdade
Admiro a confiança de achares que outro alguém como tu não faz
Talvez não sejas assim tão perspicaz

Essa desconexão que tens não é atraente
But its cool, desde que estejas contente
Sentimentos não são motivos para se assustar
Pessoas não são para se brincar
Só porque avisas antes não significa que não estejas a manipular
E só para terminar, devo dizer
Quero-te comigo, mas sem ti consigo viver

Rei

“Tira a roupa.” Ele diz logo que abre a porta de casa e me vê sentada em frente à televisão. Só a sua voz rouca já me arrepiava e pelo seu tom não tinha tido um dia bom e, para minha felicidade, ia usar-me para o melhorar.
“Não me ouviste, pequena?” Perguntou a atirar tudo que tinha no chão e caminhar na minha direcção a tirar uma peça de roupa a cada passo. Fogo, ele é sexy. A maneira como faz com que a roupa deslize de seu corpo e revele cada milímetro daquela pele morena e corpo tonificado enlouquece-me.
“Fui educado todo o dia, não me faças perder a paciência contigo agora.” Ele disse agora nu a minha frente. Já nem me lembro do que estava a assistir, mordo o lábio e suspiro a imaginar o que ele me ia fazer. Ao mesmo tempo estava a provocá-lo para ver se ele ficava zangado suficiente para arrancar a roupa de mim e não pedir que a tirasse.
Ele sorriu de lado, percebendo as minhas intenções e carregou me no ombro para o quarto.
Atirou-me para a cama e olhou para mim dos pés à cabeça a devorar-me com os olhos.
Tirei a blusa e revelei meus seios nus enquanto me sentava na cama. Ele fez com que eu me deitasse de barriga, arrancou minha calcinha e puxou-me mais para a ponta da cama encostando seu pau na minha menina.
“Agora é tarde, já não quero tua ajuda.” Disse ele enquanto prendia meu braço em minhas costas e encostava-me mais contra ele. Eu conseguia sentir seu pau pulsar e crescer no meio das minhas pernas, todo molhado com o meu desejo de o ter dentro de mim.
“E como portaste-te mal e foste má comigo, tenho que fazer o mesmo contigo, não achas?” Disse ele a roçar seu pau contra minha entrada e a segurar minha perna para que eu não conseguisse me mexer.
“Não achas justo?” Perguntou ele a beijar a parte de trás do meu pescoço e minhas costas a arrepiar-me toda.
“Amor.” Eu disse a usar a outra mão para o tentar meter em mim.
“Ah, agora sou amor. Não é assim que funciona, pequena. Sabes disso.” Disse ele a juntar minhas duas mãos por trás de minhas costas e meter seu pau ligeiramente. Quando eu tentei me mexer para que ele entrasse mais, ele deu-me uma palmada ruidosa na nádega que me deu arrepios.
“Amor, peço desculpas.” Eu disse a suspirar quando ele meteu seu pau uma vez e o tirou. Tremi de frustração e tentei me soltar.
“Não me convenceste. Diz-me o quão estás arrependida e o quão queres que eu te coma como a vadia que és.” Disse ele a dar outra palmada que me fez morder o lábio para não gritar.
“Amor. Por favor.” Eu disse a virar minha cara para ele “eu quero-te dentro de mim.”
Ele olhou nos meus olhos e sem interromper o olhar, meteu seu pau completamente em mim e apertou minhas nádegas com ambas mãos aproximando-me e afastando-me dele. Ele deixou que me viesse e depois dele se vir, deitou-se ao meu lado e bateu-me a nádega.
“És linda a rainha mais linda e a escrava mais rebelde que eu podia imaginar, pequena.”
Eu sorri e deitei-me no seu peito. O meu reino.

⁃ T.

In Colab with L. Araújo

Podemos Fugir?

Não precisa ser pra muito longe,
Tal como o templo reside em cada monge,
Nosso esconderijo pode ser em qualquer lugar,
Desde que sejamos livres de nos amar.

Longe dos olhares do mundo e arredores,
Fugir da tristeza, das dores;
Viver na imensidão que é nosso amor,
Que até um universo infinito cabe em seu interior.

Podemos fugir?
Para um sítio em que só eu e tu possamos existir?
Onde o ar tenha teu perfume,
Onde possamos falar do nosso amor sem nos importarmos com o volume.

E é só dizeres sim que vamos fugir,
Arrumo as minhas coisas e não penso duas vezes nisso,
Vou para onde quiseres ir,
Nesta vida é só contigo meu compromisso.

– Image credits: L. Araújo

Ela

Queria que ela visse o que eu vejo,
Por alguns segundos que sentisse meu desejo;
Tudo que ela em mim provoca,
Tudo que faz inconscientemente a deixar-me louca.

Queria que soubesse que ela é mais que um momento,
E que os meus sentimentos não serão levados pelo vento;
Nos seus olhos quero olhar,
E prometer que para sempre a irei amar.

Queria que ela percebesse que quero estar ao seu lado,
Caí de cabeça neste amor e nem tive cuidado;
Meu cérebro já não vive sem ela no pensamento,
Meu corpo pelo dela extremamente sedento.

Ela não percebe que é tudo que mais quero,
Cada parte de si venero;
Conto os segundos para a ver,
Esta saudade não consigo conter.

Como ela não sabe vou a mostrar,
Como a todos seus detalhes estou a amar;
Talvez assim ela tenha certeza do que sinto,
E saiba que quando faço promessas não minto.

Então amor se estás a ler,
É só isto que te quero dizer;
És a mulher que amo, perfeita para mim;
Farei de tudo para confiares e comigo ficares até ao fim.

– T & L

Ordem no caos

Leo foi para a varanda fumar, transpirava, a T-shirt preta colava-se ao corpo e o som da música ecoava dentro de sua cabeça… talvez estivesse bêbado, tanto que sua cicatriz no ombro estava a incomodar como acontecia sempre que bebia demais. Acendeu, inspirou, fechou os olhos, expirou e ficou assim. Tentou por momentos esquecer que estava rodeado de pessoas que simplesmente tolerava ou no máximo gostava a escutar música alta que na maior parte das vezes nem era do seu agrado a beber álcool com um sabor e consequências horríveis para tornar aquilo suportável. Sentiu a brisa em sua cara, o cheiro a maresia, abriu os olhos e fumou de novo, quando olhou para a pista viu o motivo de estar ali… ela. Naquela confusão, ela trazia ordem, no barulho, ela era o silêncio, na guerra, a paz, no ying, o yang, no Leo, a Zuri. Ela estava a dançar com as amigas a sorrir a o mundo pareceu andar mais devagar. Ele não conseguiu não sorrir. Trocaram de música e ela rolou os olhos como fazia sempre, nesse instante, seus olhares se cruzaram. Ela sorriu e começou a andar em sua direcção, sem conseguir manter uma linha recta.
“Bae” disse ela a abraçar lhe “Sabes que és muito lindo né?”
Ele riu-se. “Obrigada, amor.” Disse a beijar-lhe a testa.
“Vamos lá embora antes que eu fique muito lúcida.” Ela sussurrou-lhe no ouvido.
“Tens certeza?” Ele perguntou no fundo aliviado por finalmente poder se ir embora.
Ela assentiu e depois de despedirem seus amigos, começaram a caminhar para a sua casa que era a alguns metros da festa. Não estavam abraçados porque ela queria mostrar que estava sóbria o suficiente para andar sozinha para casa enquanto cumprimentava todos os seguranças que encontravam pelo caminho.
“Preciso de um banho.” Disse Zuri a entrar em casa, tirar os sapatos, espalhar a roupa pelo corredor e mostrar seu corpo tatuado nu. Ela tinha uma pele morena que lhe dava um aspecto de bronze constante e o cabelo cacheado preto caía-lhe até meio das costas. “Queres um convite escrito?” Perguntou ela a olhar para Leo.
Ele tirou sua T-shirt, revelando seus braços tatuados e musculados, seus calções, as sapatilhas e as meias, e antes que pudesse entrar no chuveiro, Zuri encostou-o contra a mesa ao lado do lavatório e beijou-o. Ele agarrou o rabo dela e apertou-a contra si até ambos sentirem o quanto ele queria aquele momento, até ela sentir a tesão que ele sentia só por olhar para ela, por saber que a podia ter.
“Tens sabor de fumo.” Ela disse a afastar-se.
“E tu de álcool.” Ele disse a sorrir.
Ela beijou seu pescoço devagar enquanto ele passava suas mãos calejadas por seu corpo, beijou e mordeu seu peito definido, passou a língua pelos seus abdominais definidos e ajoelhou-se a sua frente enquanto sorria.
“Espero que ele não se importe com o meu hálito de álcool.” Ela pegou no seu pau e depois de beijá-lo, lambeu da base ao topo e meteu-o na boca enquanto ouvia o suspiro de satisfação dele. Continuou a chupá-lo até senti-lo a endurecer dentro de sua boca e a tocar no fundo de sua garganta enquanto ele puxava seu cabelo e ritmava o movimento.
“Foda-se. És enorme, não me consigo habituar.” Disse ela a tirá-lo da boca e por a frente de sua cara para o lamber e morder enquanto olhava para Leo que mordia seu lábio.
“Levanta-te, amor… quero que te venhas comigo.” Disse ele a puxar lhe e a levantar-lhe pelo cabelo e a encostá-la na mesa. Fez com que ela se inclinasse de costas para ele, beijou seu pescoço, suas costas, seu rabo, suas pernas, afastou-as e beijou sua menina, lambeu seus lábios, penetrou-a com sua língua e quando ela suspirou, meteu um dedo dentro dela, ela soltou um gemido.
“Amor… vem te para mim.” Disse ele enquanto lambia sua menina, metia um dedo e com a outra mão agarrava-lhe a perna para lhe manter perto e poder sincronizar seus movimentos. Ambos aceleraram e ela veio se, contorceu-se e ele lambeu da sua menina ao seu pescoço e levantou-lhe a cabeça pelo cabelo. Encostou-se atrás dela, com uma mão no seu pescoço e outra na sua menina, meteu seu pau lentamente dentro dela. Ela estava molhada, tremeu com a sensação e revirou os olhos agarrando-se a mesa e a ele. Ele deu lhe uma palmada no rabo, mordeu-lhe o ombro e tirou-o.
“Sabes o que tens que fazer, não sabes?” Disse Leo enquanto encostava seu pau duro na menina molhada de Zuri.
“Amor.” Ela tentou sair daquela posição e meter o pau em si mas Leo apertou-lhe mais contra si.
“Não não. É muito fácil, só tens que dizer o quanto queres.” Disse ele a meter a pontinha do seu pau e a tirar quando Zuri tentou continuar o movimento.
“Eu odeio-te.” Suspirou Zuri a tremer de frustração.
“O quê?” Perguntou Leo a meter a pontinha outra vez e a sorrir quando Zuri arqueou as costas.
“Eu quero que me fodas, amor. Quero sentir-te dentro de mim.” Disse Zuri num suspiro.
Leo meteu dois dedos em sua boca, ela chupou-os, e ele meteu seu pau dentro dela, primeiro devagar depois mais rápido e com mais força.
Vieram-se juntos e por alguns segundos ficaram ali atordoados de pé para voltar à realidade antes de irem tomar banho juntos.

All that is gold does not glitter,
Not all those who wander are lost;
The old that is strong does not wither,
Deep roots are not reached by the frost.

From the ashes a fire shall be woken,
A light from the shadows shall spring;
Renewed shall be blade that was broken,
The crownless again shall be king.

Love comforteth like sunshine after rain,
But Lust’s effect is tempest after sun;
Love’s gentle spring doth always fresh remain,
Lust’s winter comes ere summer half be done.
Love surfeits not, Lust like a glutton dies;
Love is all truth, Lust full of forged lies.

– Shakespeare, William. “Venus and Adonis.”

A Carta Que Nunca Te Escrevi

Desde o começo não sei quem és,
no fundo não te conheço
Se calhar sou o culpado,
se calhar até mereço
Quis confiar em ti,
mas não deixaste não quiseste
Imagino as coisas que tu nunca me disseste
Às vezes queria ser mosca e voar por aí,
pousar em ti
Ouvir o que nunca ouvi,
ver o que nunca vi nem conheci
Saber se pensas em mim quando não tás comigo
Será que és minha amiga como eu sou teu amigo?
Será que falas mal de mim nas minhas costas?
Há coisas em ti que tu não mostras,
ou já não gostas
Quantas vezes te pedi para seres sincera,
quem me dera
Imagino tanta coisa enquanto estou à tua espera
Apostei tudo que tinha e saí a perder, s
em perceber
Surpreendido por quem pensei conhecer
Sem confiança a relação não resiste,
o amor não existe
Quando mentiste,
não fiquei zangado,
mas triste

(Refrão):
A carta que eu nunca te escrevi
(2x)

Não peço nada em troca,
apenas quero sinceridade
Por mais crua e dificil que seja,
venha a verdade!
Será que me enganas,
será que chamas ao outro o que me chamas?
Será que é verdade quando me dizes que me amas?
Será que alguém te toca em segredo?
Será que é medo? Será que para ti não passo que mais um brinquedo?
Será que exagero? Será que não passa de imaginação?
Será que é o meu nome que tens gravado no coração, ou não?
Eu sou a merda que vês,
ao menos sabes quem sou.
E sabes que tudo que tenho é tudo aquilo que eu te dou
Nunca te prometi mais do que podia
Prefiro encarar a realidade a viver na fantasia

(Refrão):
(2x)

Também te magoei,
mas nunca foi essa a intenção
E acredita que ver-te infeliz partiu-me o coração
Mas errar é humano e eu dou o braço a torcer
Reconheço os meus erros sei que já te fiz sofrer
Porque é que não me olhas nos olhos quando pedes perdão?
Será que é por saberes que neles vês o refexo do teu coração?
E os olhos não mentem enquanto a boca o faz
E se ainda não me conheçes,
então nunca conheçerás
Serás capaz de fazer o que te peço?
Desculpa-me ser mal educado,
quando stresso
Assim me expresso,
sofro e praguejo o excesso
Se conseguissemos dialogar já seria um progresso
A chama enfraquece e está a morrer aos poucos
Porque é que é assim,
será que estamos a ficar loucos?
Acho que nunca soubeste o quanto gostei de ti
Esta é a carta que eu nunca te escrevi…